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Os agostinianos recoletos preparam seu 4º Centenário em Cavite

Amadeo, 18 de agosto

Às 6h30, saía do campus do colégio na bahía de Cañacao, uma caravana de mais de 20 veículos que, após percorrer durante duas horas as ruas agitadas de Noveleta, Rosario e General Trías, terminou sua trajetória nas proximidades do centro de Amadeo.

Procedentes de diferentes bairros, esperavam vários grupos folclóricos, todos vestidos com a elegante e colorida indumentária típica, e em seguida começou o que se denomina “karakol”, a tradicional procissão de dançantes a caminho da igreja paroquial.

A Câmara Municipal tinha declarado o feriado, e forma constatados milhares de espectadores nas ruas. Na paróquia, houve discursos do pároco e do prefeito da cidade, que agradeceu por Amadeo ter sido escolhida como o lugar da apresentação de um evento de âmbito provincial.

A seguir, frei Emilio Quilatan, agostiniano recoleto e cavitenho, apresentou aspectos relevantes da história da fundação da paróquia de Amadeo, por iniciativa dos agostinianos recoletos, por ordem real, em 1ª de maio de 1884. Depois veio a Eucaristia, presidida pelo senhor bispo de Imus, Reynaldo Evangelista, acompanhado por mais de 30 sacerdotes, metade deles diocesanos.

Terminada a missa, o prior provincial, frei Lauro Lárlar, agradeceu à diocese a confiança depositada nos recoletos e a permissão de continuar trabalhando. Pediu aos fieis que rezem para que os religiosos perseverem na fidelidade à sua missão e consagração, e procedeu à leitura do documento oficial pelo qual se abria a celebração conjunta do quarto centenário e das bodas de ouro.

Novo selo oficial da paróquia

Neste mesmo ato foi também apresentado o novo selo oficial da paróquia de Amadeo que, em reconhecimento ao trabalho dos frades recoletos, incorpora os símbolos mais representativos de seu escudo: o livro e o coração atravessado por uma flecha.

Para terminar, os agostinianos recoletos deram à paróquia um fac-símile do decreto de fundação, além de fotos de dois párocos recoletos de Amadeo daqueles difíceis anos, entre 1886 e 1896.

Evangelização Contínua

O ano comemorativo havia sido anunciado pelo prior provincial das Filipinas que, em uma carta em março, tinha definido o seguinte slogan-tema: “Recoletos de Cavite: 400 anos de evangelização contínua”.

O objetivo era agradecer a Deus pela missão da Ordem em Cavite, bem como tomar consciência do trabalho dos recoletos neste importante centro que, historicamente, tem sido o porto de Manila.

Além disso, se pretende promover o conhecimento e a devoção de vários Santos agostinianos recoletos que trabalharam nesta porção do rebanho do Senhor, especialmente santo Ezequiel Moreno e o Servo de Deus Frei Mariano Gazpio.

Atividades programadas

Entre as atividades programadas para os dois anos de preparação (2014-2016) e o da celebração propriamente (2016-2017), estão previstas conferencias e simpósios sobre o tema, concursos de composições musicais e logotipos, edição de selos e folhetos, descerramento de placas comemorativas, procissões e atos litúrgicos.

Santo Ezequiel Moreno

Podemos dizer que o protagonista do dia é santo Ezequiel Moreno, que foi pároco na cidade próxima de Las Piñas de 1876 a 1879. No final de junho, na etapa de ambientação para o centenário, sua relíquia e estátua haviam percorrido durante nove dias, além da Prefeitura, paróquias e capelas na cidade de Cavite. Em todos esses lugares se celebrou a Eucaristia e o sacramento da Unção dos enfermos.

 

Como data de apresentação se escolheu 18 de agosto, véspera da festa do Santo, para que no dia seguinte toda a família agostiniana pudesse participar de Las Piñas na missa inaugural do Santuário de santo Ezequiel e do museu sobre o santo. Os monumentos foram construídos pela Fundação Villar, que está sediada em Las Piñas.

E neste mesmo contexto outros eventos que terão lugar em breve, como uma placa comemorativa que a Comissão Nacional de História decidiu colocar na frente da Catedral de Puerto Princesa, no ponto exato onde santo Ezequiel celebrou a Eucaristia de fundação da cidade, no domingo, dia 10 de março de 1872.

Efemérides

Em 1616, quando completavam apenas 10 anos nas Filipinas, os agostinianos recoletos fundaram um convento em Cavite, porto Manila. Estão a ponto de completar 400 anos, e que daquela antiga fase se conserva somente o campanário de Santa Mônica, de 1619 e ainda se ergue como um mastro, em meio a um mar de pobres barracos.

No final do século XIX e primeira metade do século XX, os agostinianos recoletos administraram pastoralmente vários povoados da província, ligados à Manila, incluindo Amadeo. É nesta segunda fase quando, em Cavite, canta sua primeira missa, em 1922, Marian Friar Gazpio (1899-1989), que logo será reconhecido missionário na China e morrerá com fama de santidade.

E, em uma terceira fase, a Ordem a instalar-se na cidade portuária, desta vez com um colégio dedicado a San Sebastián, no ano de 1966. Em breve irá completar 50 anos de inauguração.

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